K'raminholas

Muitos não suportam a singularidade das palavras , todavia, elas para mim são chaves, cabe a você saber a que portas elas pertencem. Se não descobrir sozinho que cada uma delas pode abrir qualquer porta, então talvez esteja na hora de levantar a bunda gorda da cadeira e perceber como cada uma delas pode revelar o mundo ao qual você está ignorando e, consequetemente, desperdiçando, nessa poltrona de insensatez e ociosidade .

Cardápio !

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

" Nos dizeres de vovó, sujeito homem e macho culto "



 GALERA O VIDEO É LONGO, PORÉM GENIAL.

"Firmeeeeeza mano? Bem, a parada hoje é um estilo meio trash, tá ligado? Eu sou da moderninade, sacomé, né, na paz. Meu bagulho é responsa, na maciota, tá ligado? Vou te mandar a real, to na vibe, véi, to limpo, esses baguio ai não é de parte minha não mano. Vou te falar, atividade na bagaça mermo, saca? O moleque lá, chegou na pressão, pedindo um help, vim aqui na humildade, na humildaaaade, dá um jeito pro meu brother, rapá. Pensando o quê? Sou sujeito homem. "

Pela madrugada, malandro. Morô bicho? O rapaz me pediu ajuda, vim aqui... sei lá né? To feliz a beça, mas eu tava meio borocoxô sabe? Quebra essa pra mim ... Agora eu to chuchu beleza saca? Muito bacana, você ter me chamado, truta. Boa pinta, vou tirar onda com os broto lá na minha área. Vou botar pra quebrar! Ah moleque! As mina não vão sacar bulhufas. HEHE Bater o lero-lero aqui meu chapa em rede mundial. Vai sacana. Supimpa, fala ae. Tudo jóia?

É uma honra poder participar desse espaço de tamanha credibilidade no cenário mundial. Desde já, o congratulo por tal iniciativa original e muito bem intencionada, sentndo-me envaidecido pelo fato de ter sido convidado por este jovem de capacidade indubitável, para proferir algumas palavras de valor aos internautas que, inteligentemente - embora haja controvérsias - preterem abri mão de seu tempo para ler e aproveitar este singelo ambiente.

Mas sô? Pode falar? Ta gravano? Óia menino, nós é pobre mas é limpinho hein. Gente humilde viu? Eita menino sabido, viu seu menino? Aqui dá orgulho pra nóis, quando a gente vê nossa fia naquele bicho lá ... Como é nome ? É computador né, Zefa? Isso, isso ae, quando a gente vê aqueles fogo na tela e as palavra mexeno, a gente já senta perto pra ouvi ela ler. Oxe, ali da gosto, Mas vê se eu vô ficar vendo Totó morrer? Ressucitar? Esses povo da Grobo, acha que nós é burro ... né fia? O Thay é gente de bem ... faço muito gosto, aqui pra nós, casório num ia mal não né Zefa? Aquela desavergonhada fica de zói e num fala nada. Em vez de aproveitar que ele é moço inteligente

Opa, as aspas agora foram omitidas porque o interlocutor, resolveu sair do anonimato. O trouxa que vos enche o saco hoje vem abordar um tema estranho. Para alguns, bizarro, os intelectuais preferem acreditar na influencia do meio e dos estrangeirismos ou de uma cultura, sei lá perpetuada no passado e nas modificações da fala ao longo do tempo. Tem nego que, de fato, acredita que isso possa ser indicador de condição social.
A língua, a gíria, e as peculirialidades que causa no meio comum.
Convidei alguns amiguinhos da minha mente - apelidada por muitos de perversa - para fazer uma onda confusa, meio embaralhada, que force o raciocínio dos leitores a pensar na importância desse misto de significados e expressões, um tanto quanto inusitadas.

João Gustavo Bittencourt, visconde de "Deus-sabe-onde". Nunca fui muito afeiçoado á suas fuças. Causa-me nojo, prepotente e orgulhoso. Mas necessito de sua verba.

Bentinho. Ah! O Bentinho, esse sim. Conservador até a alma. Para os que se acham cultos, adianto que este nenhuma ligação tem com o clássico de nossa literatura, e muito menos é apaixonado pelos "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Mas para que não deixem de ler, sua persolidade, se assemelharia mais a "Fabiano" do brilhante, Graciliano Ramos. (GOOGLE, aos leigos)

Zé Rolex, amigo de muito tempo. Conheci numa das salas de cinema brasileiro, onde eles insistem em impregnar nossas mentes com vocabulário chulo, como se todos fossem adeptos do mesmo. Aliás, existe mesmo vocabulário chulo? Já descobriremos.

Rodrigo Fernandez eu conheci pela TV, típico cidadão brasileiro. Homem que batalha para conseguir o que quer e que é devidamente estereotipado nas telenovelas, que são o meu ópio, declaradamente. Provavelmente, as senhoras (e os senhores) não o acham interessante, mas diria eu que em seu tempo, seu topete despertaria suspiros.

Desafio aos leitores em identificar qual a ordem de meus convidados. Acredito não ser tarefa dificil. Direi o porquê, mas descubram.
Aposto toda minha ironia na seguinte ordem: Zé Rolex é o 1º, Rodrigo Fernandez o 2º, João Gustavo Bittencourt o 3º e Betinho o 4º.
Creio que não seja preciso explicar o porquê, de provavelmente ter acertado seu pensamento.

Cresci na escola ouvindo dizer que “As maçã tava na cesta”, era errado. Mas quando eu ia para a roça do meu pai, e conversava com os amigos dele, ouvia a pronuncia, tão natural, tão singela, que me recusava á acreditar que aquelas pessoas falavam errado. Errado, errado por quê? Elas não se entendiam? Claro que sim! O problema é o maldito padrão, padrão de beleza, padrão de consumismo, padrão linguístico.
Hoje o discurso é outro, as pessoas creditam ao padrão informal, um novo modo de proferir mensagens, sem que haja - pelo menos por aqueles que se dizem conhecedores da língua - algum preconceito.
Seria incrível, se quando eu fosse ao Fórum, não visse os "matutos" vagando pelos corredores sem entender "bulhufas", ou quando eu fosse ao shopping, e ao entrar numa loja, ficasse me policiando sobre o que dizer e como dizer, no medo de ser identificado como pessoa do interior. PORRA! Se todos já aceitam como eu falo, porque eu teria que me policiar? Sinto aroma de hipocrisia.

Segundo o Aurélio: gíria - linguagem de mal feitores, malandros etc. Com qual não procuram ser entendidos por outras pessoas. Linguagem comum aquelas que praticam a mesma profissão ou arte. Jargão.

Puta que pariu, se eu não trabalhar, não for artista de alguma forma e falar gírias, eu sou malandro. Uau! Me descobri. ( aos maliciosos, não tem nada haver com minha opçãp sexual, HETERO assumidamente ) Não é Mari Pita?
Você descobriu facilmente de quem se tratava meus personagens, pelo modo como falavam, pelos dizeres de vovó parafraseados por Rodrigo Fernandez e seu topete típico dos anos 60. Pelo sujeito homem, Zé Rolex, jogado nas telonas para exemplificar o favelado brasileiro e pelo macho culto, que pelo modo de se expressar denota status.
O modo como as pessoas falam - para mim - não interfere na maneira como eu deva tratá-las perante a sociedade, até porque, mesmo que elas estejam fora do padrão, isso não é razão para discriminá-las.
Se um dia for ... Eu to fodido. Repito: Sou preto, pobre, feio, ignorante e às vezes burro. Esse é o padrão? Temo que não.

3 comentários:

  1. vooc é fooda na moral
    Foi em cima do que muitos sabem e fingem não saber
    Espetacular
    Parabéens
    sou leitor assiduo agora
    ps.: faça videoposts quando os temas forem serios
    quando forem mais descontraidos, fica so no texto, pra não passar uma imagem de Felipe Neto Frustrado. Você é ótimo

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  2. Cara fico feliz por gostar do blog e do modo como escrevo
    AIUSHAIH pode deixar a intenção nao é fazer show é dar opiniões
    leia mesmo

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  3. o thay é o cara (h) UHASHUHAUHUSHUAHUSAHU o melhor escritor \o

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